O site da BBC publicou recentemente uma reportagem onde trata da nova tendência na Coréia, a “masculinidade moderada”.
Mas que praga é essa, agora?
Pois bem, “masculinidade moderada” é um novo estilo de moda entre homens coreanos. Nesse novo conceito, homens entram num salão de beleza e saem com a pele e o cabelo impecáveis.
Lá, para as festas de casamento, muitos homens já estão gastando o mesmo tempo que as mulheres gastam para se maquiarem.
Os lábios são pintados de vermelho, os cílios são alongados, as sobrancelhas são delineadas e muito creme é usado para esconder as imperfeições da pele.
Segundo a reportagem, esta tendência é bem aceita e praticada nos EUA e na Europa.
As empresas de maquiagem já perceberam o potencial do mercado e estão investindo pesado nesses novos produtos destinados somente aos homens. Já até existem lojas de maquiagens especialmente para homens na Coréia do Sul e também nos EUA e Europa. Com certeza, irá chegar com toda força aqui no Brasil, embora já seja comum ver nas ruas homens que, sem saber, já entraram na onda da “masculinidade moderada”.
Que já existe todo um trabalho para diminuir e tirar o lugar do homem na sociedade, disso meus leitores não tenham dúvida.
A masculinidade, na sociedade, tem sofrido ataques cruéis. Inclusive no meio evangélico.
Um dia desses, numa livraria evangélica, vi, para o meu espanto, um livro publicado por uma conceituada editora evangélica, que enaltecia a liderança feminina e detrimento à liderança masculina.
O título do livro é, claramente, de orientação feminista.
Há alguns anos, fui comprar uma calça e, para o meu espanto, era impossível de vestir. O vendedor, com sinceridade disse para mim: ‘é muito gay, não é mesmo?!”.
É claro que ao longo das décadas as mulheres foram colocadas à margem das decisões e desvalorizadas, mas o que vemos hoje é uma desqualificação escancarada da figura masculina.
Ser homem, no verdadeiro sentido da palavra, é um desafio muito grande.
Nossos meninos recebem, todos os dias, uma enxurrada de mensagens para que sejam “homens moderados, suaves”.
Precisamos, como igrejas e famílias cristãs, dar um sonoro basta aos movimentos que ocorre fora e dentro dos arraiais evangélicos que diminuem a figura masculina.
Para valorizar a pessoa da mulher não precisa, de forma alguma, desmerecer, desqualificar e diminuir a figura masculina.
Homens e mulheres foram igualmente criados por Deus e ambos são importantes para a sociedade, para a família e para a igreja de Cristo.
A igreja de Cristo não pode, de forma alguma, entrar nesse jogo, na batalha de gênero. Pelo contrário, deve denunciar este movimento de desqualificação da masculinidade e trabalhar para que o resgate da figura e do papel do homem, na própria igreja e na família, seja resgatado de forma saudável e, acima de tudo, bíblica.
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Gilson Bifano
Diretor do Ministério OIKOS. Conferencista e escritor na área de família.
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