O mundo todo acompanha com expectativa e apreensivo a questão do fluxo migratório que está ocorrendo na Europa.
Milhares de famílias saem de seus países em busca de dias melhores, de paz, de segurança e com a esperança de oferecer aos filhos e descendentes uma vida digna.
Ao longo dos séculos sempre houve fluxos migratórios de daqui para lá e de lá para acolá.
Eu mesmo sou fruto da imigração italiana. Os pais dos meu bisavô deixou a pequena cidade de Torraca, na região da Campanha, foi até a cidade de Nápoles e de lá, num navio chegou até o porto do Rio de Janeiro. Aqui foram recebidos por outros patrícios e fixaram residência na cidade de Pirapetinga, MG.
Nesta onda imigratória duas fotos me chamaram a atenção, há algum tempo atrás.
A primeira, causou indignação em todo o mundo.
Estou me referindo a foto do menininho sírio morto numa praia da Turquia. A foto tornou-se símbolo da tragédia migratória que está acontecendo hoje na Europa. Homens, mulheres, idosos e crianças morrem afogadas na tentativa de alcançar um pais que lhes abrigue. Clique aqui e veja a foto.
A outra foto, já bem mais animadora, foi captada mais recentemente. É a de uma casal se beijando, apaixonadamente, dentro de uma barraca de um acampamento para imigrantes na estação de Budapeste.
Enquanto a primeira foto, a da criança morta numa praia, retratou o horror, a segundo, do casal, trouxe um pouco de humanidade.
Istvan Zsiros, fotógrafo responsevel pela imagem disse: A foto chama a atenção por mostrar um momento de intimidade e ternura em meio a um ambiente tão opressor e uma situação tão desesperadora”.
A primeira foto nos faz pensar que todos nós, como humanidade, somos responsáveis pelas tragédias, como a do menino, que tinha a idade de meu neto Theo. Vivemos num mesmo lugar, embora em países com suas próprias fronteiras, somos irmãos, vivemos na mesma casa. Cultivar a indiferença, finger que o que está acontecendo do outro lado do mundo não é uma atitude cristã. Deus na sua Palavra, sempre lembrou ao seu povo que três classes de pessoas deveriam receber todo o nosso cuidado: os órfão, as viúvas e os imigrantes. Eles, todos os dias estão perto de nós para nos lembrar desta recomendação.
A outra foto, do casal apaixonado, é uma lembrança de que mesmo bem perto do caos, o amor, a paixão, o romance pode e deve ser retroalimentado. Muitos casais não conseguem sustentar um casamento em meio a crise que os cercam devido a incampacidade de tirar do coração a paixão, o amor, o fogo arrebatador que um beijo pode proporcionar para fortalecer ainda mais a relação.
Essas duas fotos são emblemáticas.
A primeira é a da dor, da tragédia, do horror, da injustice.
A segunda é a da vida, do amor, da paixão, do fogo arrebatador que gera vida, intimidade.
A primeira é para reflexão não só dos governantes dos países europeus, mas de toda a humanidade.
A segunda é para, especialmente, os casais. Que não se deixem morrer o amor quando as cirncunstâncias são adversas ao seu redor.
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Por: Gilson Bifano