Duas mulheres, duas mães, duas histórias diferentes.
Viveram em épocas distintas. Aproximadamente 1.300 anos separam as duas personagens. Atalia viveu entre 842-837 a.C. Mônica viveu entre 331-387 d.C.
Atalia foi mãe de Acazias, rei de Judá. Mônica foi mãe de Agostinho de Hipona.
De Atalia, encontramos alguns trechos na Bíblia que mostra o quanto uma mãe pode exercer uma influência negativa na vida de um filho. Diz a Bíblia em 2 Crônicas 22.3, a respeito de Atalia: “Acazias também seguiu o exemplo da família do rei Acabe, pois sua mãe o incentivou a praticar o mal”.
De Mônica, a história conta que ela foi fator importante para a conversão de Agostinho de Hipona. Suas orações pela conversão do filho mundano eram constantes e essas orações foram ouvidas por Deus no mesmo ano de sua morte, aos 56 anos de idade.
Duas mulheres, duas mães, duas histórias, duas influências distintas na vida de seus filhos.
Quando se celebra o Dia das Maes, geralmente lembramos o lado bom das mães. Sua doçura, cuidado, proteção e carinho que tem para com os filhos. Mas nos esquecemos de que existiram, e ainda existem, mães más. Mães que afastam os filhos dos caminhos de Deus, mães que levam seus filhos à prática da idolatria, como aconteceu com Atalia. Diz a Bíblia que Acazias fez o que era mau aos olhos de Deus (2Cr 22.4). A influência de Atalia sobre Acazias o levou à ruína.
Por outro lado, encontramos a vida piedosa de Mônica, que orava, todos os dias, pela conversão de Agostinho.
Sobre sua mãe, o próprio Agostinho afirmou que seu alicerce espiritual, espelhado na vida de sua mãe, o levou em direção à fé verdadeira.
Agostinho de Hipona foi filósofo, escritor, bispo e teólogo cristão africano, responsável pela elaboração do pensamento cristão. Grande intelectual, deixou uma gigantesca obra literária: foram 113 trabalhos, 224 cartas e mais de 500 sermões. Importantíssimo para elaboração da teologia cristã.
Em nossas famílias hoje precisamos mais de Atalia ou de Mônica?
Precisamos orar para que Deus levante milhares de Mônicas. Mães que intercedam pela vida espiritual de seus filhos. Mães que mesmo que vivam em casamentos conturbados, como foi o caso de Mônica, casada com um homem rude e infiel, canalizou sua energia espiritual na intercessão, dia e noite, pela conversão de seu filho.
As mães tem esse grande ministério em suas famílias. Desde a gestação podem orar pela vida espiritual dos filhos, por suas escolhas morais e espirituais.
Mães que oram pelos seus filhos, especialmente pela vida espiritual, serão honradas por Deus.
Infelizmente o exemplo de vida de Mônica foi deturpado pela Igreja Católica. Mônica foi canonizada pelo Papa Alexandre III, no ano 1153, e se tornou para seguidores da fé católica, a padroeira das mães cristãs fazendo com que muitos oram à Monica, (não ao Deus de Mônica) pela conversão de seus filhos.
Duas mães que nos ensinar duas lições.
Qual exemplo você, mãe, tem seguido?
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Por: Gilson Bifano