Moody foi o evangelista de maior projeção do século XIX. Segundo cálculos de historiadores cristãos mais de cem milhões de pessoas tenham ouvido Moody pregar em suas campanhas evangelísticas na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos.
Creio que todo os seminários de nossa denominação deveriam realizar uma semana de estudos sobre os homens que Deus usou nos séculos passados, como por exemplo o próprio Moody, Spurgeon, David Brainerd, Richard Baxter e tantos outros.
No Dia do Pastor quero lembrar aos pastores de hoje que Moody não foi espetacular somente quando assomava os púlpitos daquela época, mas foi também um amoroso marido e pai bondoso.
Os homens vêem somente o pastor quando sai de casa, mas Deus o vê também debaixo de seu teto, como você se relaciona com esposa e filhos.
Moody foi casado com Emma Revell. O casamento aconteceu em 28 de agosto de 1862 e só terminou no dia 22 de dezembro de 1899. Foram apenas 37 anos de vida conjugal. Moody tinha sérias limitações na gramática inglesa, mas sempre foi humilde em reconhecer estas limitações e contava sempre com a ajuda da esposa para escrever suas cartas e seus sermões.
Moody ensina aos pastores de hoje que contar com a esposa, pedir-lhe ajuda e tê-la como parceira no ministério é uma atitude sábia.
Certa vez, Emma, ao escrever uma carta à sua mãe, afirmou: “O Sr. Moody está ficando mais simpático e bondoso a cada dia que passa. Ele é uma pérola de marido. Devo dizer que estou mais feliz”.
Uma pergunta aos pastores de hoje: “Será que sua esposa ao escrever uma carta, altamente confidencial, para uma amiga, diria o que a seu respeito? Será diria que você é uma pérola de marido? Que você é um marido simpático e bondoso e que esta simpatia e bondade são mais acentuadas a cada dia que passa?”.
John Pollock afirma em seu livro que os filhos de Moody jamais duvidaram de que possuíam o melhor pai do mundo. Moody era brincalhão. Conta-se que certo dia entrou no quarto em que sua filha estava brincando com outras amigas e para surpresa de todos, Moody entrou pela janela e soltou um leitão dentro do quarto causando aquele alvoroço.
Para refletir: Você, pastor, é um pai que brinca com seus filhos ou acha que para impor respeito é preciso ser sisudo?
Moody se preocupava com a vida espiritual de seus filhos. Por um certo tempo Will, um dos seus filhos, trouxe muitas preocupações ao coração de seu pai. Moody então lhe escreveu uma carta que dizia, num dos trechos: “O que me envergonha é que estou pregando a outras pessoas e meu filho não acredita no evangelho que eu prego”.
Pastor, pregue o Evangelho, ganhe almas para Cristo, mas não descuide de sua família. A história diz que Will, mais tarde, trouxe muitas alegrias ao seu pai.
Já no leito da morte, conta seus biógrafos, Moody olhou para Emma, sua esposa, e disse: “Mamãe você tem sido uma boa e querida esposa”.
Pastores que agradam a Deus não perdem a oportunidade, mesmo no final da vida, de elogiar aquela que Deus colocou ao seu lado para realizar o ministério.
Com certeza, ter a fama mundial de um Moody é difícil, mas ser um pastor presente no lar, amoroso para com a esposa e amigo dos filhos é uma tarefa possível para todos nós, pastores de hoje.