Nossos parentes precisam de limites

Limite é uma linha demarcatória que deixa claro até onde se pode ir. Ela mostra a expectativa que alguém tem em relação à outra pessoa, que responsabilidades se espera dela. Até onde vai o direito de um e começa o do outro. Vivemos num mundo cheio de leis e regras que nos limitam e temos que aprender desde cedo a lidar com elas. Sem os limites, viveríamos no caos. E é exatamente o que acontece nas famílias onde eles não são bem conduzidos.

Não tem sido fácil para pais, mães, filhos, cônjuges, sogras, noras, genros, avós e cunhados de hoje administrar a vida em família, já que o tempo tem sido cada vez mais limitado. No entanto, não podemos nos esquecer do que é prioridade para nós. Lutamos muito para conquistar e realizar nossos objetivos, mas será que queremos chegar lá sozinhos? Muitos chegam onde planejam, contudo, não são felizes porque percebem, tarde demais, que perderam pelo caminho seu bem mais precioso: sua família.

Para que isto não aconteça, é preciso colocar limites, antes de mais nada, em nós mesmos, no nosso modo de vida, na administração de nosso tempo e nossas atividades e em nossa interação com os parentes.

É importante lembrar que o amor deve ser a base de tudo. Limite com amor gera responsabilidade, sem amor gera mágoa. Queremos que nossos parentes e família sejam felizes e tenham uma vida cheia de realizações. A falta de limites pode causar falhas no caráter. Portanto, impor limites com sabedoria é cuidar do futuro dos nossos relacionamentos familiares. A falta de limites pode ter consequências muito negativas, como a falta de controle dos impulsos destrutivos; dificuldade de ouvir “não”; dificuldade de respeitar os limites dos outros; incapacidade de cumprir tarefas e ser perseverante; dificuldades de se responsabilizar pelos próprios erros; desorganização, etc.

As pessoas, principalmente nossos filhos, não nascem com limites; a nossa tarefa é ensiná-los. Muitas vezes nossos parentes não os aceitam com facilidade, ao contrário, reagem com raiva, e vão utilizar de todos os métodos que puderem para exercerem o controle da situação. Portanto, não se pode esperar, muitas das vezes, colaboração da parte deles em relação a isto. É bom que estejamos preparados e não tenhamos medo de cara feia.

É preciso manter o limite apesar do protesto, mas reconhecendo, com amor e compreensão, os sentimentos deles. Impor limites com equilíbrio e sabedoria é preparar os familiares para serem pessoas com domínio próprio. Sem dúvida, é uma tarefa difícil, no entanto, não pode ser negligenciada. É a felicidade da família que está em questão. Uma pessoa que não foi criada com limites provavelmente terá dificuldades na convivência familiar. Não saberá ser um esposo ou esposa, um pai ou mãe, sogra ou sogro, cunhado ou cunhada, que respeita a individualidade, integridade e liberdade do outro. Será alguém que não assume seus erros e num momento de conflito sua prioridade não será encontrar soluções, mas acusar o outro.

O relacionamento de pessoas que não tiveram limites é um relacionamento onde não há respeito. E sem este não há amor que possa sobreviver. Como podemos ver, este é um sério problema que cria um círculo vicioso, que precisa ser interrompido e transformado, para que a família, este projeto de Deus, possa cumprir seu papel na sociedade de maneira saudável.
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Por: Elizabete Pimentel

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