Tive o privilégio de prefaciar o livro “Vencendo os traumas da infidelidade”, impresso no Brasil pela Editora Palavra. Tenho a certeza de que este livro tem sido uma bênção para os casais evangélicos brasileiros
De que o adultério está presente entre muitos membros de igrejas evangélicas, todos nós sabemos. Mas que existem casais dispostos a compartilharem com outros irmãos na fé suas dores, lutas, feridas e vitórias é uma surpresa agradável e saudável.
É o que casal Gary e Mona Shriver, com ousadia fizerem ao escrever o livro prefaciado por mim para a edição brasileira.
Ao ler o livro “Vencendo os traumas da infidelidade”, percebi, mais uma vez, que o mesmo Deus que restaurou a integridade de Davi é o mesmo que curou e tratou da dor causada pelo adultério no casal Shriver e está disposto a tratar, curar e restaurar muitos casamentos em nosso país.
A leitura do livro falou ao meu coração. É um livro não somente para os casais que experimentaram ou estão vivenciando a dor causada pela infidelidade de um dos cônjuges, mas para todos aqueles que desejam manter um casamento sem a nódoa causada pelo adultério e para aqueles que desejam usados por Deus para ajudarem os que estão lutando pelos seus casamentos.
Quando terminei de ler o livro pensei em muitos casais do meu conhecimento que experimentaram a dor da infidelidade e não tiveram uma ajuda para superarem o trauma da traição conjugal. Mas agora, com “Vencendo os traumas da infidelidade” poderão ser ajudados na difícil, mas plenamente possível tarefa de reconstruírem seus casamentos.
Gary e Mona não são nomes conhecidos em nossa cultura. Mas fico pensando em casais como João e Maria, Márcio e Marta, Pedro e Adriana, Paulo e Cristina (nomes fictícios) que vivenciam ou vivenciaram essa realidade em nossas igrejas e ao lerem o livro “Vencendo os traumas da infidelidade” poderão se encher de esperança e acreditarem que é possível restaurar um casamento.
Depois de ler o texto em português, extraí as seguintes lições para minha vida.
A primeira, é que ninguém está imune ao adultério (1 Co 10.12). Quando estava lendo o livro acessei a internet e pude visualizar os rostos dos autores. São pessoas de carne e osso. Gente como Elias, Davi, você e eu (Tg 5.17). Gente que só pode resistir às tentações sexuais confiando única e exclusivamente na graça de Deus (2 Tm 2.1).
Também me lembrou de que Deus não deseja que o divórcio seja a primeira opção para casais que experimentam essa triste realidade. Lembrou-me que o ministério da reconciliação deve ser sempre buscado (2 Co 5.18).
Deus falou ao meu coração também no sentido de que uma relação sexual ilícita, embora seja perdoada e curada por Deus, deixa uma cicatriz profunda na história de um casamento e que só é possível continuar nele com muito diálogo, ajuda, lágrimas, perdão e, acima de tudo, com a graça de Deus.
O livro poderá ser uma bênção para a igreja evangélica brasileira pois poderá servir de apoio para casais que enfrentam a dor da infidelidade. Se, como igreja de Cristo, desejamos ser com um verdadeiro exército, não podemos mais abandonar e deixar pelo caminhos os casais feridos pelo adultério. Gary e Mona tinham tudo para terminarem sua história com uma certidão de divórcio, mas Deus trabalhou em suas vidas e deram inicio ao ministério Esperança e Cura. É Deus transformando mais uma vez a maldição em bênção (Dt 23.5).
Por: Gilson Bifano