Quando eu estou OK

Você se conhece?
Antes de responder a esta pergunta, confirme as seguintes frases:

  • Sei reconhecer quando fico irritado com alguém.
  • Sei quando estou com medo e, geralmente, consigo dominá-lo.
  • Percebo minha irritação e procuro não ficar descontando em qualquer pessoa.
  • Choro quando estou triste, discuto quando estou zangado, rio quando estou feliz, sofro quando sinto alguma dor, oro quando estou angustiado, penso antes de falar bobagens.
  • Sou capaz de amar e demonstrar meu amor.
  • Sou capaz de controlar meus impulsos, desejos e minha ira.
  • Sou suficientemente organizado com minhas coisas.
  • Sinto-me feliz com minha vida pessoal.
  • Geralmente, posso sentir a paz de Deus, mesmo que as coisas não estejam correndo como eu gostaria.

    Uma das coisas mais difíceis para uma pessoa é conhecer-se bem e, a partir daí, obter o equilíbrio pessoal. Não é nada fácil manter o controle ou não se deixar levar pelos impulsos.
    Somos um ser que é composto pela parte física, espiritual e emocional. Quando estamos ok é porque estas partes estão integradas, em harmonia. Porém, como ser humano, temos uma natureza pecaminosa, que está sempre incidindo em nós e nos desestabilizando.

    O homem perdeu a harmonia quando pecou contra Deus e se afastou dele. Harmonia essa que só será restabelecida no paraíso.

    Além disto, vivemos num mundo estressante, onde a globalização nos obriga a conviver com os problemas que ocorrem em todo o mundo, além daqueles que estão ao nosso redor.

    É impressionante como o organismo trabalha interagindo com a alma. Quando um não está bem, o outro se ressente.

    A compulsão por comida, sexo, atenção, trabalho, falar demais, permanecer acordado, entre tantas outras coisas, é sinal de que alguma coisa não está bem. O que, conseqüentemente, levará a um afastamento de Deus, conflito nos relacionamentos e baixa da auto-estima.
    Então, como estar bem? Como é que podemos nos manter equilibrados física, espiritual e emocionalmente?

Equilíbrio físico
Em primeiro lugar, é necessário lembrar que somos templo do Espírito Santo e é dele que temos que depender sempre. E, como templo do Espírito Santo, devemos manter o corpo físico bem cuidado, nutrido e puro.

Não podemos nos deixar contaminar pelas impurezas próprias do século XXI.

Geralmente, alguns pecados são cometidos contra o corpo, como o pecado da gula, da falta de descanso, abusos pela falta ou excesso de medicamentos e, até mesmo, promiscuidade sexual. Tudo isto pode levar o corpo às doenças.

Em segundo lugar, é preciso conhecer seu corpo e como ele reage às varias circunstâncias. Uma gastrite, por exemplo, pode ser resultado de um problema no trabalho ou familiar; uma gripe pode ser desencadeada por causa de um forte aborrecimento. Isto acontece porque a parte emocional se abate e então ocorre uma baixa imunológica no organismo, fazendo com que a harmonia do corpo seja desequilibrada e aconteça uma doença psicossomática.

Dr. Wayne Dyer, em seu livro, Seus Pontos Fracos, toca neste assunto: “Não é raro as pessoas ficarem misteriosamente doentes quando se vêem diante de alguma circunstancia difícil ou evitarem adoecer quando simplesmente ‘não podem’ arcar com uma enfermidade naquele momento, de modo que adiam os sintomas – febre, por exemplo – até que a ocasião esteja superada e então desabam”.

É preciso que fique claro que esta escolha é inconsciente e que ocorre deliberada pelo organismo como um todo. A capacidade que o cérebro tem de comandar todo o corpo ainda é um mistério que só Deus conhece completamente, pois foi ele quem o criou – à sua imagem e semelhança.

Para ficar bem consigo mesmo é preciso estar atento a você mesmo, conhecer seus sentimentos e como seu corpo reage a eles; é preciso saber enfrentar as dificuldades da vida com coragem e tranqüilidade, porque como disse bem Salomão, escrevendo Provérbios – “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.” (Pv 4.23)

Equilíbrio emocional
Ter equilíbrio emocional não quer dizer não ter sentimentos. Pessoas equilibradas emocionalmente são capazes de sentir amor, tristeza, medo, culpa, ira, e todos os outros sentimentos que os seres humanos tem.

Equilíbrio é meio termo, é não exagerar nem para o lado frio e racional, nem para o lado lacrimejantemente sentimental. Também podemos chamar a isto de maturidade. Pessoas maduras emocionalmente sabem como ‘’se comportar’’ bem diante de uma perda, de uma crise pessoal ou conjugal, do medo, da raiva, etc.

Não é raro encontrarmos pessoas que perdem o controle em um funeral, gritando ou desmaiando; que pensam que a vida acabou porque foi despedido do emprego ou foi aposentado; que ‘’perdem a cabeça’’ num conflito de relacionamento.

O desequilíbrio emocional ainda pode levar as pessoas a comer, dormir e trabalhar demais. Tais comportamentos podem representar uma fuga da causa central do problema; assim, uma mulher com auto-estima baixa poderá ‘’descontar’’ suas frustrações na comida; um homem com problemas no casamento poderá envolver-se demais no trabalho para não ir para casa. Aqui, vale ressaltar um texto de Gordon MacDonald, em seu livro Ponha em Ordem Seu mundo Interior: “O hábito de trabalhar sem descanso produz uma personalidade desinquieta. Quem trabalha incessantemente, sem fazer uma parada verdadeira para buscar o sentido e o propósito daquilo que faz, pode aumentar bem sua conta bancaria e melhorar sua reputação profissional, mas seu mundo interior perde toda a vitalidade e alegria.”
Mais uma vez ressaltamos a importância do auto-conhecimento, porque, se alguém tem uma pratica exagerada, qualquer que seja ela, pode ser uma demonstração de uma problemática emocional.

Equilíbrio espiritual
Este é o equilíbrio prioritário para o homem cristão, pois disse Jesus, em Mt 6.33: ‘’Buscai primeiro o Reino dos Céus e as demais coisas lhes serão acrescentadas’’.

O equilíbrio espiritual ajuda a manter também equilibrado o relacionamento com Deus, que é essencial ao homem.

Quando uma pessoa tem fé em Deus suficiente, ela procura manter-se confiante de que Deus ira suprir todas as suas necessidades, em qualquer circunstância da vida. Esta não é uma atitude fácil de ser colada em prática. Porém é exatamente essa atitude que vai tornar possível fazer frutificar o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão e o domínio próprio – frutos do Espírito (Gl. 5.22,23).

É muito interessante isso, porque são coisas das quais falamos aqui e é o Espírito que nos dá condições de ter essas atitudes na vida.

Mais uma vez, cito o Dr. Wayne Dyer, em seu livro Seus Pontos Fracos: “Se meu mundo interior estiver em ordem, será porque tomei a deliberação de cultivar regularmente o centro espiritual de minha vida”.

Conclusão
Sabemos que, no dia-a-dia, a rotina não torna as coisas nada fáceis, mas apesar das dificuldades, é importante estarmos bem com nosso corpo, nossas emoções e nossa vida espiritual.

Aqui, quero citar, mais uma vez, o Dr. Wayne Dyer, pois diz uma coisa muito importante: “Assumir o comando de si mesmo é processo que tem inicio com a conscientização”.

Quando temos consciência de nossos sentimentos, reações, espiritualidade; quando conhecemos nossos pontos fracos e pontos fortes, erros e virtudes; quando nos conhecemos um pouco, saberemos o que queremos e o que não queremos, o que nos agrada e o que nos desagrada e então teremos melhores condições de viver melhor nossos relacionamentos pessoais e familiares.

Muitas vezes, não temos condições de fazer um auto-conhecimento, mas percebemos que algo em nós não está bem. Fazer, pelo menos, uma avaliação de qual área não está bem é imprescindível para procurarmos a ajuda necessária. Se for na área física, um médico; na área emocional, um psicólogo ou psiquiatra; na área espiritual, um pastor ou conselheiro evangélico e maduro espiritualmente.

Não sofra só. Deus tem dado sabedoria e dons aos homens, para que se preparem e prestem ajuda adequada ao seu semelhante.

Quem escreveu:
Psic. Elizabete Bifano.

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