Você aceitaria entrar num negócio sem antes fazer algumas perguntas?
Pois bem, o casamento não é nenhum negócio mas, com certeza, muitos noivos entram para o casamento sem nenhuma resposta para algumas perguntas que, mais cedo ou mais tarde, serão feitas.
Pensando nessa realidade, alistamos algumas delas:
Que método contraceptivo iremos adotar?
Neste aspecto, muitos noivos já entram com uma decisão (silenciosa, é claro!) de que a mulher deverá usar pílulas anti-concepcionais. Este assunto deve ser conversado com muita maturidade e sob a orientação de um médico. A mulher e o homem devem saber dos riscos, vantagens e prejuízos de cada método.
Quantos filhos iremos ter?
Um, dois, três, quatro, nenhum? No trabalho com casais tenho visto muitos problemas porque o assunto não foi discutido com maturidade e clareza. Muitas mulheres se sentem amarguradas porque não puderam se realizar como mães devido a uma posição uni-lateral, nesta área, da parte do homem.
Quando teremos nosso primeiro filho?
Também é outra pergunta que os noivos devem fazer. Os especialistas na área do aconselhamento conjugal orientam que o primeiro filho só deve vir depois de um devido ajustamento dos cônjuges. Os casais precisam saber que a chegada de um filho irá causar grandes mudanças no lar e no próprio relacionamento. Não serão mais dois na casa; uma terceira pessoa precisará de atenção e cuidados.
Se não tivermos filhos, iremos adotar?
Os casais precisam conversar também sobre a possibilidade de adoção, mesmo que tenham filhos. E ainda mais se descobrirem que não poderão conceber uma criança!
Onde iremos morar?
Perto ou longe da casa dos pais? Ou quem sabe, dentro da própria casa da sogra! Se puderem adiar o casamento para que tenham liberdade nos primeiros anos da vida conjugal, é melhor! Mas, e se não puderem? Este assunto já foi conversado em família? Quais os limites que todos deverão respeitar?
De onde virá nosso sustento financeiro?
Também este assunto tem criado embaraço na vida de muitos casais. Estamos nos casando com alguma condição financeira, mínima, para nosso sustento? Ou iremos depender dos nossos pais? Não seria melhor adiar um pouco o casamento para que não precisemos dessa ajuda? Ou: Até quando iremos contar com essa ajuda financeira?
Como administraremos nossas finanças?
Quem irá assinar os cheques? Os dois, ou somente um? Iremos ter cartão de crédito? Iremos assumir prestações? Alguém, o homem ou a mulher, tem alguma dificuldade em lidar com o dinheiro? Quem irá administrar as finanças?
Estamos dispostos a priorizar nosso casamento?
A vida conjugal, depois da relação com Deus, será a mais importante, ou iremos priorizar o relacionamento com os pais? Muitos casamentos estão naufragando porque os cônjuges não cortaram o cordão umbilical que ligava aos seus pais. Os pais são importantes, mas agora, depois de casados, a relação mais importante é de marido e mulher. Vocês estão conscientes desta verdade?
Que igreja iremos frequentar?
A igreja dela ou dele? E se forem de denominações evangélicas diferentes? Como iremos contornar essas diferença sem magoar e criar dificuldades doutrinárias?
Onde iremos passar os feriados, como Natal e Ano Novo?
“Não precisamos pensar sobre isto agora”, talvez você diga. Ledo engano! Se ambos valorizam datas como Natal e Ano Novo, como contornarão essas preferências? Na casa dele ou dela? E se as famílias têm dificuldades de convivência, como ficará a comemoração dessas datas?
Quem irá cozinhar, lavar, passar, limpar, cuidar da casa?
Os casais se casam sem conversar sobre estas coisas. Hoje em dia, muitas mulheres também estão trabalhando fora e criam a expectativa de que o marido irá ajudar a cuidar da casa.
As tarefas serão divididas igualmente? Quais serão as tarefas sob a responsabilidade da esposa e quais as do esposo?
Estou disposto/a a deixar a vida de solteiro/a e me comprometer com a vida de casado/a?
Casamento exige responsabilidades. O relacionamento conjugal sempre deverá ser prioridade.
Meu cônjuge terá prioridade sobre qualquer compromisso meu? Sempre estarei disposto/a a satisfazer suas necessidades? Estarei sempre presente quando ele/a precisar? Ficarei a seu lado na doença, na saúde, na tristeza e na alegria?
Sou capaz de aceitar meu cônjuge do jeito que ele/a é?
Muitos casais pensam que poderão mudar o cônjuge depois que se casarem. Isto é um erro! Ninguém é capaz de mudar ninguém. É necessário aceitar e amar o outro do jeito que ele é. Seremos capazes de amar um ao outro apesar dos defeitos que vemos? Nosso amor é capaz de ultrapassar as barreiras das diferenças pessoais?
Pr. Gilson e Elizabete Bifano