Dia 26 de julho é o Dia dos Avós. Um dia que deveria ser mais lembrado e comemorado em nossas famílias, igrejas e pela sociedade de um modo geral.
Quem não se lembra de vovós e vovôs que ficaram para sempre no imaginário de todos nós. Quando se fala nas avós, quem não se lembra de D. Benta, do Sítio do Pica-Pau Amarelo, sentada numa cadeira, contando histórias para Pedrinho e Emília? Quem não gostaria de ter sido neto ou neta de uma vovó que morasse num sítio, com todo o tempo do mundo para nós e sempre pronta para entrar em nossas fantasias de criança? Quem viu o filme “O Menino Maluquinho”, personagem de Ziraldo, não se esquece do Vô Passarinho, interpretado pelo falecido ator Carlos Arutim. Ele era aquele tipo de avô que via a criança como criança e participava do seu mundo. São vovôs e vovós que nos recordam do valor que eles têm para os netos e para a família.
Na Bíblia também encontramos histórias de muitos avós. Podemos nos lembrar de Labão, que desejou despedir-se de seus netinhos(Gn 31.22-28). De Noemi, que foi abençoada com o nascimento de seu neto Obede (Rt 4.15). Quando se fala de vovôs e vovós da Bíblia, podemos nos lembrar também de Lóide, vovó de Timóteo. Que bênção foi essa avó na vida do seu neto ! (2Tm 1.5).
Mas, se há um exemplo positivo de avô nas páginas da Bíblia, esse é Jacó. Posso imaginar Jacó, bem velhinho, com a vista embaçada, pedindo a seu filho José para apresentar seus dois filhos: Efraim e Manassés. A história está registrada em Gênesis 48.8-21. Jacó, cansado pelos anos da idade, fez três coisas que todos os avós devem fazer a seus netos: dar bênção, beijos e abraços. A Bíblia diz: “levou seus filhos (de José) para perto dele, e seu pai (Jacó) os beijou e os abraçou” (Gn 48.10 NVI). Ao vivenciar essa cena, Israel, ou Jacó, reconheceu que aquela experiência era uma graça que Deus lhe estava concedendo (Gn 48.11). Ver os netos nascerem é uma demonstração da bondade e da misericórdia de Deus! Agradeça a Deus, caso seja o seu caso, pelos netos que Ele lhe deu!
Os avós de hoje (e os de amanhã também) precisam aprender com Jacó. Podem e devem ser canais de bênção para os seus netos. Avôs e Avós podem, a exemplo do patriarca, abençoar os netos, ensinando-lhes as Sagradas Escrituras, transmitindo-lhes as tradições familiares, contando-lhes as lutas e vitórias concedidas por Deus ao longo da vida, sendo sábios conselheiros, companheiros e amigos. Os avós podem abençoar os netos com palavras encorajadoras, com orações de fé pelo futuro dos seus descendentes e, acima de tudo, como exemplos de homem e de mulher tementes a Deus (Hb 11.21).
Os avós precisam redescobrir o valor do seu papel no contexto familiar. Há um verdadeiro ministério, no seio da família, que cabe somente aos avós. São eles também transmissores da fé (2Tm 1.5), dos valores morais, culturais e familiares.
Atingindo essas metas, os avós de hoje e os de amanhã, independentemente da idade que tenham e da cidade onde residam, estarão deixando para o mundo uma geração que, com certeza, há de ser usada por Deus para influenciar positivamente a sociedade com uma vida que honre o evangelho e que ajude na construção de um mundo melhor.
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Por: Gilson Bifano