O que é a morte?– As pessoas em geral acreditam que a morte seja: – o fim, o último processo da vida; – uma passagem, uma transição, isto é, o começo de uma nova vida; – a união do nosso espírito com Deus; – uma espécie de sono eterno, ou seja, um estado de paz, de serenidade total.
O TABU DA MORTE EM NOSSA SOCIEDADEOs avanços da ciência e da tecnologia contribuíram para alimentar uma fantasia inconsciente de onipotência, como se a natureza estivesse totalmente dominada e nós, seres humanos, tivéssemos chegado a ser imunes à morte ou mesmo estivéssemos perto da possibilidade de sermos eternos. Viver cento e vinte anos hoje, já não é mais um sonho impossível. Estudiosos já falam na possibilidade do ser humano viver trezentos anos, num futuro não muito distante daqui. Uma outra razão deve-se ao excessivo valor que é dado à juventude e à beleza. Cada vez mais estes aspectos são tomados como valores e modelos para os quais todos se inclinam. As indústrias fabricantes de cosméticos, estão com seus faturamentos nas alturas. Basicamente todos os dias são lançados novos produtos de beleza e criadas novas engenharias prometendo livrar as pessoas de quase todas as marcas resultantes do processo d envelhecer. As pessoa não somente querem não morrer, mas também, não envelhecer, como se isso fosse possível. Ainda que retardadas, as marcas do envelhecimento, não podem ser plenamente detidas. Uma última razão do tabu da morte em nossa sociedade, está ligada ao excessivo apego que damos aos bens materiais. O materialismo tolhe a nossa visão do transcendente e nos enclausura numa imanência mórbida, cuja existência é movida pela ânsia de possuir coisas, de ter bens materiais para servirem de âncoras de uma vida insegura e ameaçada por todos os lados, sem perspectiva de vida futura. Diante de uma visão materialista tão fortemente impregnada em nossa sociedade, a morte, mais do que uma separação, é também a linha divisória entre o possuir e o “despossuir”. Nisto reside, sua grande ameaça.
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA MORTEA consciência da morte para as crianças ainda é muito difusa. O avô que morreu pode voltar a qualquer momento, para a compreensão da criança. Somente a partir do começo da adolescência é que podem surgir os primeiros pensamentos sobre a finitude da vida, geralmente associados a um grau moderado de angústia. A experiência de contato precoce com a morte é determinante no modo como a pessoa irá encará-la no futuro. Uma criança órfã desde pequena, por exemplo, terá em relação à morte, uma atitude bem diferente da atitude do adulto cujo conhecimento a respeito é puramente intelectual e que nunca se viu na contingência de elaborar o luto pela perda de um ente querido. Os jovens, para os quais, em situações normais, a morte não é um fato iminente, costumam não preocupar-se com o assunto. Por volta da metade da vida, durante a crise da maturidade ou da meia-idade, entre quarenta e cinqüenta anos, a maior parte das pessoas se defronta seriamente com a inevitabilidade da própria morte. Na velhice, a aceitação da morte pode dar-se de modo menos doloroso, especialmente para aqueles que procuraram aceitá-la, não como uma oposição à vida, mas parte do processo do viver. Se isto não aconteceu, esta fase da vida pode se tornar um pesadelo, visto que o fenômeno da morte passa a estar no horizonte próximo da pessoa idosa.
COMO FALAR DA MORTE PARA UMA CRIANÇADentre as coisas que os pais encontram dificuldades para comunicar aos filhos, a morte, com certeza, é uma das mais desafiadoras, não apenas por se tratar de uma perda extremamente dolorosa, mas também, por conta de todos os tabus criados por nossa sociedade, com respeito à mesma. Porém, ao falar acerca morte com uma criança, é importante que os pais primeiramente, estejam conscientes a respeito dos seguintes aspectos:
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