As mulheres mudaram. Isto é fato! Além de esposas e mães, conquistaram o mercado de trabalho e tornaram-se também profissionais. Ótimas profissionais! Nessa expansão de seu mundo pessoal, ampliaram também seu modo de pensar.
Estas mudanças acarretaram outras mudanças. Elas já não estão mais em casa o tempo todo, questionam a função de servir ä família com subserviência, querem ajuda dos maridos na educação dos filhos e os convocam para discutir o relacionamento conjugal.
E os homens, como reagem a essas mudanças?
Certamente eles têm que mudar também. Talvez a contragosto, talvez sem entender por que, mas a mudança por parte dos homens torna-se necessária. É isto que as mulheres têm pensado; é isto que as mulheres têm falado.
Entretanto, há que se pensar no assunto. Há que se levar em consideração se eles estão preparados para esta mudança. Afinal, as mulheres quiseram mudar, mas será que os homens queriam que as mulheres mudassem?
Avaliando a vida atual da maioria dos casais, constata-se que as mulheres trabalham fora de casa, mas continuam administrando, praticamente sozinhas, a casa e a família. O esposo torna-se apenas um ajudador nesta administração.
Elas ainda chegam e fazem o jantar, ajudam os filhos nos deveres da escola, se preocupam com os uniformes e as merendas das crianças e com todos os outros detalhes que fazem parte de uma casa e de uma família.
Elas detectam os conflitos da vida conjugal e querem conversar com seus maridos.
Elas buscam satisfação pessoal e prazer sexual. Elas querem mais do relacionamento!
Diante de tudo isto, parece ser necessário que os homens repensem e busquem uma mudança com mais rapidez. Afinal, que mal pode lhes fazer se assumirem algumas tarefas que até então eram consideradas estritamente femininas? Que mal pode lhes causar participarem mais da educação dos filhos? Em que poderá ferir sua masculinidade se ele se sentar com sua esposa para conversar sobre o relacionamento conjugal?
Na verdade, TODOS não lucrariam mais se assim fosse?
As mulheres seriam mais felizes, pois poderiam contar com seus maridos na divisão justa da administração do lar; seriam mais realizadas pessoalmente, pois contariam com um pouquinho mais de tempo para si; teriam mais prazer sexual, tendo a seu lado um esposo carinhoso e atencioso para com suas necessidades físicas, emocionais e psicológicas.
Os filhos se sentiriam mais amados pelos seus pais, pois teriam a atenção, o amor e a dedicação de ambos. Conseqüentemente, seriam mais felizes e ajustados emocionalmente.
E os homens também lucrariam! Afinal, qual homem não se sentiria mais realizado e feliz em ter a seu lado uma esposa carinhosa, uma mulher satisfeita?
Qual homem não se sentiria honrado em ter filhos obedientes e ajustados consigo mesmos e com sua família?
Qual homem não se sentiria mais orgulhoso, um orgulho santo, é claro, de ter uma família assim?
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Por: Psic. Elizabete Bifano