Chris Gardner (Will Smith) é um homem muito inteligente e talentoso, que trava todos os dias uma luta inglória para sustentar a família. Sua mulher Linda (Thandie Newton) também trabalha arduamente com o mesmo objetivo, porém acaba não resistindo aos problemas constantes provocados pela pressão financeira e decide ir embora, deixando o marido e o filho de 5 anos (Jaden Christopher Syre Smith).
Sozinho com o filho, Chris vê, dia a dia, as coisas piorarem…
Então toma uma decisão. Talvez a única que possa lhe trazer alguma esperança de encontrar a felicidade…
Realizado por Gabriele Muccino, “Em Busca da Felicidade” é um filme notável que vai além da fórmula simples do melodrama. Nele não encontramos nenhum super herói, apenas um pai como tantos outros. Também não encontramos uma história fantástica, mas a realidade de uma pobre e dura vida de família.
Nele, contemplamos, comovidos, a história de uma perseguição dos sonhos, a realização de uma promessa feita e a capacidade de um homem para superar todos os obstáculos que encontrou em seu caminho, até encontrar a sua felicidade.
Num primeiro momento, podemos nos equivocar e concluir que, para Chris, a felicidade é o dinheiro. Entretanto, não é isto simplesmente o que vejo.
Em primeiro lugar vejo um pai totalmente empenhado em estar junto do filho; um pai que fez o possível e o impossível por amor ao filho. Atitudes notáveis que parece cair em desuso nos dias atuais, quando cada vez mais pais saem de casa, abandonando o convívio com os filhos, com uma facilidade de impressionar. O personagem principal deste filme nos ensina que vale a pena fazer sacrifícios para estar ao lado de um filho, nos bons e maus momentos.
Em segundo lugar vejo um pai que, por amor e preocupação com o filho, é capaz de tirar, de um trágico momento, uma oportunidade para brincar. Decisão inusitada que nos serve de belo exemplo, pois quantas vezes, por causa de um mau dia ou de sérios problemas, descontamos em nossos filhos nossa irritação, mau humor e frustrações, levando-os muito mais vezes à lágrimas do que a risos.
Em terceiro, vejo um homem corajoso, inteligente, capaz de correr um alto risco, por acreditar na sua própria capacidade. Vejo um homem lutador, que não desanima, que supera a dor física e emocional em prol de um objetivo. Vejo um homem, que mesmo representado por um personagem, pode servir de exemplo. Exemplo de garra, de amor, de pai, de cidadão, de capacidade para sonhar e conquistar seu sonho.
E não o sonho de ganhar muito dinheiro, mas o sonho de ver, de muito perto, seu filho crescer e de ter um emprego honesto para com ele suprir as necessidades de sua família. Era este o sonho de Chris. Foi isto que ele conquistou primeiro. Depois veio a riqueza. Muito depois…
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Por: Psic. Elizabete Bifano