Num dia desses, aqui no Rio de Janeiro, passei com minha esposa em frente a um bar completamente lotado de jovens.
Poderia afirmar que a média de idade daqueles jovens não passava dos 25 anos.
Se fizesse uma pesquisa com aqueles jovens, muitos iriam afirmar que, de alguma maneira, tinham recebido, por parte dos pais e avós, alguma influência evangélica cristã. Muitos deles, com forte possibilidade, tenham frequentado uma igreja evangélica na meninice.
Pesquisas realizadas nos Estados Unidos mostram que tem havido um abandono da fé por parte dos jovens.
Kurt Bruner e Steve Stroope no livro “A fé começa em casa”(Pocket Ouro) afirmam: “Em anos recentes pesquisas realizadas pela Convenção Batista do Sul, deram conta que 94% das crianças abandonam a igreja depois de se formarem no Ensino Médio.
Outros pesquisadores também realizaram pesquisas semelhantes. O resultado mostrou que 70% dos jovens batistas americanos (da Convenção do Sul) se afastam da igreja com idade entre dezoito e vinte e dois anos.
Um dado complementar: Dois terços dos 70% que saem, retornam, embora com frequência menos regular, mas retornam”.
Então, os pesquisados levantaram uma outra pergunta: O que leva esses dois terços retornarem?
Para surpresa dos pesquisadores, os resultados mostraram que o motivo da volta era o casamento e ter filhos.
Os pesquisadores descobriram que casar e, principalmente, ter filhos eram os motivos mais fortes para voltarem para igreja. Eles não queriam que seus filhos fossem educados sem os valores da fé cristã.
Isso quer dizer que, de alguma forma, casamento, família e paternidade inclina as pessoas à religiosidade.
Quando nos deparamos com essas pesquisas e seus resultados chegamos a conclusão a razão porque existe, na sociedade de hoje, muito interesse em desqualificar o casamento, a família, a paternidade e a maternidade.
Casar, viver em família, ter filhos leva o ser humano a desejar se aproximar de Deus, de receber orientações, a partir da Bíblia, no que tange a educação de filhos.
Diante dos resultados dessas pesquisas, o que a igreja precisa fazer?
Em primeiro lugar, focar em capacitar os pais na tarefa de transmitir a fé evangélica no ambiente do lar.
Ter um bom departamento de educação infantil é importante, mas o foco dever ser, antes de tudo, em colocar nas mãos dos pais, ferramentas para transmitirem a fé aos seus filhos.
Em segundo lugar, defender a instituição do casamento e tentar chegar aos casais fora da igreja a mensagem que ela, igreja, pode ajudá-los na construção de um casamento feliz.
Em terceiro lugar, ter um bom programa de educação infantil.
Como instituição auxiliadora, a igreja, se conseguir capacitar os pais na transmissão da fé e ter, ao mesmo tempo, uma boa proposta de educação infantil estará dando um grande passo para recuperar os jovens e adultos que outrora foram criados na igreja mas hoje estão afastados.
Esse é um grande desafio!
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Por: Gilson Bifano
Diretor do Ministério OIKOS. Escritor, palestrante e coach na área de casamento, paternidade e de ministério com famílias. Siga-o no Instagram: gilsonbifano