Recentemente estava conversando com três colega pastores, queridos e amados. Pastores que são pais, como eu.
Pais (sem colocar o rótulo de pastores) de carne e osso. Pais que deram o melhor de si para criarem seus filhos nos caminhos do Senhor e na ambiência familiar transmitiram valores morais e familiares desde a infância, mas agora estão tristes por verem seus filhos abraçando conceitos, ideologias e fazendo coisas que entristecem seus corações e quando compartilham com os amigos, podemos ver uma lágrima correndo de suas faces.
É triste, muito triste ouvir relatos dessa natureza.
Vivemos num mundo em que a família já não consegue mais ter a influência mais marcante na formação de uma pessoa.
Recentemente, um pai compartilhou comigo em saber que seu filho estava participando de uma passeata em que a bandeira levantada era contrária a tudo aquilo que ensinara aos filhos.
Um outro pai, com pesar no coração, compartilhou sobre as atitudes de rebeldia de sua filha e posições éticas contrárias aos ensinos em casa e na igreja.
Infelizmente, nossas universidades, onde esses jovens estudam, tem exercido uma influência marcante nas inclinações ideológicas e éticas.
Que caminhos, pais com essa experiência em família, poderiam trilhar?
Dar conselhos é sempre muito difícil, até porque é perigoso ouvir somente um lado da problemática familiar.
Mas, de uma forma panorâmica, disse para esses pais que deveriam, em primeiro lugar, acreditar no valor das lições transmitidas em família ao longo da infância e adolescência de seus filhos.
Disse também, que eles eram adultos e precisariam fazer um exercício em respeitar suas posições e não afrontar, para não criar barreiras, no relacionamento, que possam se tornar intransponíveis.
Um outro caminho é não se culpar. A pergunta que vem à nossa mente é: “onde eu errei?”. A culpa mata e não adianta, em nada, se culpar.
Orar, orar, orar foi um outro conselho de dei. Existe uma certa época na criação dos filhos que só podemos orar para que Deus tem misericórdia e fale, de alguma maneira, aos seus corações e tenham seus olhos abertos para as verdades da Palavra de Deus.
Disse também que precisam, no caso de filhos adultos que ainda moram em suas casas, colocar limites claros. Se os filhos adultos e rebeldes querem fazer coisas contrárias aos princípios éticos do pais, esses devem ser incentivados a terem suas próprias moradias.
Ser pai ou mãe, como disse certa vez o pastor Israel Belo de Azevedo, é uma tarefa inacabada.
Como escreveu Stormie Omartian, em seu livro O poder de orar pelos filhos adultos (Editora Mundo Cristão), ninguém nos avisa que ser pai ou mãe é para sempre. Mudam nossas atitudes, preocupações, funções mas a tarefa se pai e mãe continua, com outros contornos.
Para pais nessas condições, eu selecionaria três conselhos finais: Sabedoria para lidar com a situação, oração para dividir com Deus suas preocupações e firmeza em colocar limites.
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Por: Gilson Bifano
Escritor, conferencista e palestrante na área de casamento e família.
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