Filhos…quando eles chegam.

Eles podem ser esperado com ansiedade, alegria. Eles podem ter sido planejados com muito carinho, mas também podem ser uma grande surpresa, levando inclusive ao sentimento de raiva por parte dos pais. Podem ser do ventre, mas também do coração. Estou falando da chegada do primeiro filho.

Para os casais de primeira viagem se trata de um acontecimento muito marcante.

Toda a vida do casal sofre transformações profundas. Agora não são mais dois, mas três (ou mais, quando são gêmeos!).

As finanças deverão passar por ajustes. Se antes, quando iam a um shopping, a loja de produtos infantis não era observada, agora passa a ser. Caso pai e mãe trabalhem fora, com quem o filho ficará após a licença-maternidade?

A mulher, que até então exercia o papel somente de esposa, agora também é mãe. O marido terá que saber que com a chegada do novo filho ganhou um concorrente. A vida sexual sofrerá, irremediavelmente, mudanças.

A intimidade sexual do casal poderá sofrer abalos. O corpo da mulher sofrerá mudanças. Os avós poderão também desejar estar mais presentes para tirarem uma casquinha do neto, podendo criar algum tipo de conflito na vida do casal. Se for o primeiro, então…

Como então o casal deve se preparar para a chegada do filho? Muitos dos fatores de tensão poderão ser minimizados se algumas atitudes forem tomadas antes, durante e depois da gravidez.

O primeiro passo para que a chegada do primeiro filho não seja uma experiência traumatizante é construir uma verdadeira intimidade conjugal.

Intimidade conjugal é dar e receber carinho, compartilhar pensamentos, medos, sonhos e preocupações. Quando um casal, antes do primeiro filho, tem uma boa qualidade de intimidade conjugal, a chegada do primeiro filho se sentem mais felizes com a chegada da terceira pessoa.

Antes do nascimento, ambos, marido e esposa, devem, na medida do possível, irem juntos às consultas do pré-natal. O marido poderia assistir ao parto. Os dois irem juntos à consulta ao pediatra. São pequenas atitudes que prepararão os pais para o nascimento do filho.

Um outro passo é manter os olhos sempre voltados um para outro e ambos para o filho. Muitos casais erram porque deixam de olhar um para outro e se concentram somente nos filhos. A criança se torna o centro. Isso pode criar um problema não apenas imediato, mas também a longo prazo, quando os filhos conquistarem a autonomia.

Nesse sentido, uma maneira prática é continuar saindo juntos, como casal. Devem continuar indo ao cinema, jantando a dois, enfim, manter a vida conjugal, sem necessariamente com a presença da criança.

Na sexualidade, o casal deve ter o canal de comunicação sempre aberto. O marido deverá compreender que sua esposa, como já afirmado anteriormente, também é mãe. Mas, por outro lado, a mulher deverá compreender que seu marido precisa de atenção e que seu apetite sexual continua sendo o mesmo.

Buscar o equilíbrio entre ser mãe e esposa às vezes é difícil, mas extremamente necessário.

“Os filhos são heranças do Senhor” (Sl 127.1). Se os casais cooperarem tomando essas e outras medidas, essas preciosas heranças serão recebidas com alegria, gratidão e crescerão como pessoas e como casal.

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Por: Gilson Bifano
Diretor do Ministério OIKOS. Escritor e palestrante para casais e famílias.

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