Suicídio: Quando a dor é insuportável

suicidioTalvez a sociedade ao nosso redor não seja mais violenta que há 100 ou 500 anos, mas a velocidade da informação, que cresceu hiperbolicamente nas últimas décadas, nos deixa estarrecidos diante do quadro que vemos diariamente.

Especialmente somos impactados quando a violência acontece bem pertinho de nós, através do autoextermínio de um amigo ou familiar. Em geral a família que perde um de seus membros numa situação de suicídio fica atônita e se perguntando pelas razões que levaram a pessoa a este ato extremo?

Essa não é uma resposta fácil! Muitas são as variáveis que levam as pessoas a perderem totalmente a esperança na vida e a considerar a morte como a melhor opção. Na Bíblia temos o caso de Aitofel (II Samuel 17:23) que se suicida porque se vê desprezado na sua posição de conselheiro do rei; temos também o caso de Judas (Mateus 27:5), que se enforca sobrecarregado pela culpa de ter conspirado contra seu Mestre.

Desprezo, culpa, rejeição, incompreensão, perdas significativas (de entes queridos; de patrimônio) falta de sentido para continuar vivendo, são alguns dos principais motivos levantados, que levam as pessoas a cometerem suicídio.

A família das vítimas, na maioria das vezes, sente-se culpada de não ter detectado a tempo os sinais que a tragédia estava por vir e em função desta culpa ficam, às vezes, anos girando em torno de um processo emocional corrosivo. Todavia é preciso entender quais são as verdadeiras e as falsas culpas envolvidas nesse processo.

Uma primeira falsa culpa é exatamente a de que o suicídio é plenamente previsível e que a família, se estivesse mais atenta, poderia ter evitado o mesmo. Existem inúmeras situações de atentado contra a própria vida que são resultados de comorbidades psiquiátricas, ou seja, a pessoa que procura tirar a própria vida já possuía  outro comprometimento psíquico que levou a mesma a uma incapacidade de avaliação sensata e racional da realidade. Como psicólogo tenho conhecimento de vários casos de suicídio de pessoas que estavam em acompanhamento terapêutico com um colega profissional. Se mesmo um profissional habilitado algumas vezes não consegue ver os sinais indicativos de suicídio de forma clara, quanto menos a família possui tais habilidades.

Outra falsa culpa é o reducionismo de que a pessoa tirou sua vida porque não se sentia amada pelos familiares. Ainda que isso possa ser verdadeiro em algumas poucas situações, é preciso sempre lembrar que vivemos simultaneamente em vários sistemas (familiar, social, profissional, midiático, religioso, etc.) que interferem na construção da percepção da realidade e podem levar a uma pessoa emocionalmente frágil (adolescentes em especial) a fazer coisas sem sentido – como tirar a própria vida (vide a recente onda mundial causada pelo “game” baleia azul).

Qual é então o papel principal da família? Antes e acima de tudo manter sempre um canal de diálogo aberto entre todos os membros da mesma, possibilitando não só o intercâmbio de fatos e notícias, mas principalmente de emoções e valores. Também é preciso resistir, com todas as forças, aos apelos sedutores da sociedade do capital pela busca do conforto e patrimônio, ensinando aos filhos que o valor mais importante da vida é buscar o reino de Deus e a sua justiça (Mateus 6: 33) e a não se conformar com os padrões de uma sociedade ‘capetalista’, mas continuamente transformar-se, para experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Romanos 12:2) que sempre é a opção pela esperança de pela VIDA!
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Por: Carlos “Catito” Grzybowski
Fonte: Site do autor.

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